quarta-feira, 12 de junho de 2013

A mesa está posta.



A mesa está posta.

Lc15

Parábola do Filho Pródigo é sobre um pai e dois filhos. Um deles, o mais velho, todo certo, de acordo com o figurino, cumpridor de todos os deveres, trabalhador.

               O outro mais novo, malandro, gastador irresponsável. Pegou a sua parte da herança adiantada e se mandou pelo mundo, caindo na farra e gastando tudo. Acabou o dinheiro e veio a fome, foi tomar conta de porcos. Aí se lembrou da casa paterna e pensou que lá os trabalhadores passavam melhor do que ele. Imaginou que o pai bem que poderia aceitá-lo como trabalhador, já que não merecia mais ser tido como filho. Voltou. O pai o viu de longe. Saiu correndo ao seu encontro, abraçou-o e ordenou uma grande festa, com música e churrasco. Boa história para exortar os pecadores a se arrepender.

Tem a parte do irmão mais velho. Voltou do trabalho, ouviu a música, sentiu o cheiro de churrasco, ficou sabendo do que acontecia, ficou furioso com o pai, ofendido, e com razão. Seu pai não fazia distinção entre credores e devedores.
              
            Pai, peguei o dinheiro adiantado e gastei tudo. Eu sou devedor, tu és credor. Respondeu-lhe o pai: Meu filho, eu não somo débitos. Disse o mais velho: Pai, trabalhei duro, não recebi meus salários, não recebi minhas férias e jamais me deste um cabrito para me alegrar com os meus amigos. Eu sou credor, tu és devedor. Respondeu-lhe o pai: Meu filho, eu não somo créditos.

Os dois filhos eram iguais um ao outro, iguais a nós: somavam débitos e créditos. Com o pai é diferente ele não soma débitos e não soma créditos.

O filho mais velho mesmo estando perto do pai não viveu como filho, não aceitou a graça, viveu no legalismo, creu nos seus créditos, na sua justiça própria, mesmo sendo tudo dele, nunca pegou se quer um cabrito, religiosidade cega. O outro mesmo perto do pai resolveu ir embora, quis viver entregue a si mesmo, largou a graça, deixou a mesa posta, gastou sua herança, viveu como quis e se viu com os porcos.

Não importa quem você seja, o que você faça, quem você é ou o que você já fez, você não é melhor que ninguém. Deus ama a cada um da mesma forma. Deus não soma crédito nem débito, com graça Ele está de braços abertos e com a mesa posta para receber aqueles que se arrependem. E aquele que está com o Pai que venha a ser um filho que senta à mesa, que come do bezerro cevado, se alegra com a volta do irmão, pois pela graça a mesa foi posta, foi preparada para você.


Baldim 07/06/13
Rubem Alves


sábado, 25 de maio de 2013

Liderança não é para crianças


 Liderança não é para crianças

 http://vimeo.com/66907367

 Texto do Marcelo Quintela e interpretação do Flávio Siqueira.



sexta-feira, 17 de maio de 2013

Eu Porém vos Digo...

Eu Porém vos Digo...



Carlos Moreira
Quando Jesus começou a anunciar o Reino de Deus, sua proposta não se referia a mudanças na religião de Israel, mas tratava da transformação da consciência dos indivíduos. Estava claro que seu objetivo não era fazer remendos na debilitada lei judaica, mas instaurar um novo proceder que fosse para além das questões relativas à norma.

“Ouvistes o que foi dito...”, afirmava o Galileu. Sua fala referia-se aos velhos ditames da Torá. Ele estava confrontando àquilo que era discernido como espiritualidade, mas que, na verdade, envenenava a alma. Aquela geração vivia calcada em regras estéreis, baseadas na estética comportamental, que valorizavam a performance. Jesus, todavia, oferecia conteúdos éticos, que transformavam interiores e regeneravam o ser.

“Eu porém vos digo...”, insistia Ele. Era uma proposição que visava ressignificar práticas existenciais. A lei havia caducado, transformara-se num conjunto de doutrinas perversas e tradições histórico-culturais. Chegara a um ponto em que era melhor deixar alguém sofrendo com um aleijão do que curá-lo em dia de sábado. Instaurara-se no coração dos homens a condescendência com a hipocrisia.

Estou certo de que um dos maiores perigos da religião é quando ela vira ideologia. Se perguntarmos a alguém em uma comunidade se ele já aceitou a Cristo, ouviremos: “sim, eu tomei essa decisão. Certo dia levantei minha mão e dei um passo à frente”. Esse ato, todavia, raramente é seguido de qualquer mudança interior, pois o que o sujeito fez foi dizer que concorda com as regras seguidas pela coletividade.

É um tipo de “decisão” que não possuiu qualquer desdobramento para dentro, restringiu-se ao que se pode perceber do lado de fora. Ela fez com que o sujeito incorporasse trejeitos, mudasse o tom da fala, alterasse a agenda. Tudo isso, contudo, jamais se projetou para o ser. Conversão, de fato, diz respeito a mudar a consciência, com vistas a que se possa materializar no caminho “frutos dignos do arrependimento”.

Quando isso acontece, a pessoa é capaz de perceber o outro, solidarizar-se com os caídos, tornar-se reverente com a dor do que sofre, aceitar o diferente, buscar a justiça, falar a verdade, amar sem ser amado. Não existe fé que não se desdobre! Uma espiritualidade voltada para si mesmo adoece todo aquele que dela se torne refém.

“Se a justiça de vocês não for muito superior à dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrarão no Reino dos céus”. Essa é a difícil constatação de Jesus. Tenho percebido que há mais gente de bem fora das igrejas do que dentro delas. Vejo cristãos se esforçando para tentar chegar à média comportamental da sociedade. Triste ver que somos um povo cheio de carismas, mas totalmente esvaziados de caráter.      

Em tempos de prosperidade, falsificação doutrinária, barganhas com o sagrado, querer viver o bom e simples Evangelho coloca a pessoa na contra-mão do fluxo. Fazer o quê? Talvez, lembrar de Isaías: “Senhor, quem deu ouvidos a nossa pregação?”. 



Carlos Moreira é editor do Genizah e também escreve na Nova Cristandade.



Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2013/05/eu-porem-vos-digo.html#ixzz2TYZ7tOkJ
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quarta-feira, 24 de abril de 2013

Assim é a Graça de Deus




Uma mulher caída, jogada ao chão com suas vestes rasgadas, prestes a ser apedrejada até a morte, do outro lado homens de pé, acusadores, legalistas, hipócritas, cheios da letra e pedras na mão, prontos para apedrejá-la.

“Jesus se abaixa e fica na altura da mulher" e escreve algo no chão.

"Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela". É o que  Jesus diz aos homens que ouvindo foram saindo, um de cada vez.

Quem somos nós nessa história? O que acolhe com amor, misericórdia e graça ou aquele que com pedra julga e condena?  

Jesus perguntou: Onde estão eles? Ninguém a condenou? Ninguém, Senhor", disse ela.
Tão pouco eu, vá e não peques mais.
Assim é a Graça de Deus.

Baldim

quinta-feira, 11 de abril de 2013

PELO DIREITO DE DISCORDAR! Por Ariovaldo Ramos

PELO DIREITO DE DISCORDAR!

Por Ariovaldo Ramos

Fui advertido de que nesse momento, que estamos vivendo na Igreja evangélica brasileira, discordar do Presidente do CDHM, em exercício, é concordar com o movimento GLBTS, e vice versa.

Discordo!

Eu respeito o irmão e oro por ele, mas, discordo da forma como o Deputado está conduzindo o mandato que recebeu de seus eleitores.

Eu respeito os seres humanos que optaram pela homossexualidade, mas, entendo que os direitos que estão a reivindicar já estão contemplados nos direitos da pessoa humana, cobertos por nossa constituição, e que o que passa disso constitui reclamos por privilégios, o que não é passível de ser concedido numa democracia, sob pena de contradize-la.

Eu respeito o direito das uniões homossexuais terem garantida, pelo Estado, a preservação do patrimônio, por eles construídos, quando da separação ou do falecimento de um dos membros da união. Entretanto, discordo que seja possível transformar uma união voluntária de duas pessoas do mesmo sexo, a partir de opção comum e particular, em casamento, pois isso insinua haver um terceiro gênero na humanidade, o que não se explicita na constituição do ser humano. Assim como não entendo que a conjunção da maternidade e da paternidade, necessária para um desenvolvimento funcional do infante humano, seja substituível por mera boa vontade.

Eu respeito e exerço direito de pregar o que se crê, mas discordo do pregador, quando diz que Deus matou John Lennon ou aos Mamonas Assassinas, por terem desacatado o Altíssimo, como se o pecado humano não o fizesse desde sempre. A Trindade matou a todos os que a desacatam, em todo o tempo, no sacrifício do Filho, manifesto por Jesus de Nazaré (1Pe 1.18-20), na Cruz do Calvário, oferecendo a todos o perdão e a ressurreição.

Eu respeito o direito de ter religião e o reivindico sempre, mas, discordo de taxar como agentes do inferno quem não concorda com o que penso, como se Deus, por sua graça, não estivesse, desde sempre, cuidando que a raça humana não sucumbisse à rebeldia inerente à sua natureza, o que explica o triunfo do bem frente a maldade explícita. Por isso discordo do pregador quando afirma que o sucesso de um artista, a quem Deus, por sua graça, cumulou de talentos, como Caetano Veloso, só se explique por ter feito pacto com o diabo. Como se ao adversário de nossas almas interessasse qualquer manifestação do Belo.

Eu respeito e pratico o direito ao livre exame das Escrituras Sagradas, conquistado pela Reforma Protestante, e, por isso, enquanto respeito o direito do teólogo expressar suas conclusões, discordo do teólogo quando suas considerações sobre o significado de profecias do texto que amo e reverencio, não corresponderem ao que entendo ser uma conclusão pautada pelas regras da interpretação bíblica, assim como, no meu parecer, ferirem a uma das maiores revelações desse Livro dos livros: Deus é Pai de todos, está em todos e age por meio de todos (Ef 4.6).

Reconheço a qualquer ser humano o direito de protestar contra o que não concorda, mas, nunca em detrimento do direito do outro, o que inclui o direito ao culto. Uma coisa é discordar do político outra coisa é cercear o direito do religioso, e de quem o convide para participar de um culto da fé que pratica. Uma coisa é denunciar o político por suas posturas, outra, e inadmissível, é atentar contra a integridade física ou emocional dele e dos seus.

Não admito, contudo, como cristão, ser sequestrado no direito de discordar, ou ser tratado como se fosse refém das circunstâncias, sejam elas quais forem. Foi para a liberdade que Cristo nos libertou (Gl 5.1).

Lamento que haja, entre os cristãos, quem trate a nossa fé como se fosse frágil e necessitada de proteção. Nossa fé foi preponderante na construção do Ocidente, e resistiu às mais atrozes perseguições.

Nós sempre propugnamos pela liberdade. Nós impusemos a Carta Magna ao Principe John, na Inglaterra; construímos o Estado Laico na revolução americana, quando, numa nação majoritariamente cristã, todas as confissões religiosas foram tidas como de direito. Nós lutamos entre nós pelo fim da escravidão, seja na guerra da Secessão, seja por meio de Wilberforce, premier Inglês, e de tantos outros movimentos. Nós denunciamos e enfrentamos os que entre nós quiseram fazer uso da nossa fé para legitimar a opressão. Os maiores movimentos libertários nasceram em solo cristão, e mesmo quando renegavam ao que críamos, não havia como não reconhecer a nossa contribuição à emancipação humana.

Nós construímos uma sociedade de direitos, lutamos por e reconhecemos direitos civis, e não podemos abrir mão disso; não podemos abrir mão da civilização que ajudamos a construir e a solidificar, onde mulheres, homens e crianças são protegidos em sua integridade e garantidos em seus direitos. Na democracia que ajudamos a reinventar, onde cada ser humano vale um voto, tudo pode e deve ser discutido segundo as regras da civilidade.

Nossa fé foi construída por gente que foi a toda luta que entendeu justa, pondo em risco a própria vida, e por mártires, por gente que se recusou a matar, por gente que não capitulou diante do assassínio, pois nós cremos que Deus é amor, e que o amor de Deus é mais forte do que a morte (Rm 8.38). E por amor a Deus e ao seu Cristo lutamos pela unidade e pela liberdade da humanidade.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Santa Maria - Ed Rene Kivitz

"Um mundo que podemos chorar uma dor que não é nossa como se nossa fosse, é um mundo que tem sinal da graça de Deus"
Ed Rene Kivitz

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

ABRE O OLHO!!

Mike Murdock participará da próxima edição do programa Vitória em Cristo, do pastor Silas Malafaia

http://noticias.gospelmais.com.br/files/2013/01/Silas-Malafaia-Mike-mike-murdock.jpg


O pastor Silas Malafaia anunciou recentemente que receberá o pastor Dr. Mike Murdock em seu programa “Vitória em Cristo”, que será exibido no próximo sábado, 5 de janeiro, e no dia 12. Segundo o site Verdade Gospel, Murdock irá ao programa para falar sobre “o homem e a descoberta de seu desígnio, destacando a importância da pergunta, da sabedoria e do respeito à liderança”.
- Murdock tem sido um mentor para mim nas áreas de administração, liderança, liberalidade e organização. Nesse programa ele compartilhará princípios que podem mudar sua vida – pontuou Malafaia.
No ano passado a participação de Murdock no programa de Malafaia foi marcada pelo lançamento de uma campanha de R$ 1000 para “plantar semente de parceria com o Espírito Santo”.
As participações de Mike Murdock em campanhas financeiras ao lado de Silas Malafaia são alvo constante de polêmica e criticas, por estarem sempre relacionados aos ensinamentos da chamada teologia da prosperidade.
Ciro Sanches Zibordi, que é escritor e co-pastor da Assembleia de Deus Ministério de Cordovil, no Rio de Janeiro, afirma que “Murdock não merece crédito, pois torce o princípio da generosidade e estimula os crentes a ‘semearem’ interesseira e egoisticamente”.
- Por que Murdock e todos os propagadores da teologia da prosperidade fazem questão de citar versículos bíblicos? Porque sabem que, se convencerem as multidões incautas de que eles são ensinadores (sic) compromissados com a Palavra de Deus, serão atendidos por elas em seus desafios milionários – escreveu Ciro em se blog.
Por Dan Martins, para o Gospel+ 



"Ao contrário de muitos pregadores, NÃO SOMOS MERCENÁRIOS DA PALAVRA DE DEUS, mas anunciamos a Cristo com sinceridade..." II Coríntios 2.17

Aumenta a nossa fé!

Os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!” Ele respondeu: “Se vocês tiverem fé do tamanho de uma semente de mostarda, poderão dizer a esta amoreira: ‘Arranque-se e plante-se
no mar’, e ela lhes obedecerá.”
   
Lucas 17:5-6



Como é que Deus aumenta a nossa fé? Para muitos, não será realizando prodígios, nem andando em chuva de bênçãos. Será enfrentando provações e desafios, perdas e sofrimento, motivos e mais motivos para duvidar e desistir. Será passando por tudo isso com uma única prova para segurar - o exemplo do carpinteiro de Nazaré andando adiante. O ponto de Jesus não é que seus discípulos
deveriam se tornar provedores de milagres. Pelo que sabemos, eles passaram por muitas perdas e provações. T.W. Manson bem observou que "Esta palavra de Jesus não chama Cristãos a se tornarem
feiticeiros ou magos, mas, heróis como aqueles cujos feitos foram comemorados no décimo primeiro capítulo de Hebreus." Não é a fé que move a montanha. É o poder de Deus. E mesmo sem ver a montanha
mover, a fé permanece. A fé diante das provações diz "Mesmo não florescendo a figueira, e não havendo uvas nas videiras ... ainda assim eu exultarei no SENHOR e me alegrarei no Deus da minha
salvação." (Hab 3:17-18). Na terrível peneira da tentação, a fé diz "a graça dEle me basta". A fé, mesmo em cadeias, declara "tudo posso naquele que me fortalece". Para aqueles que acreditam em Jesus, a fé existe, não para eliminar a tentação ou quebrar cadeias, mas, para agüentar o quanto for necessário até que a
vontade do Senhor seja realizada em nós e por meio de nós. Esta é a fé que é o legado dos seguidores de Jesus. Que esta fé seja a sua hoje e todas as manhãs até que Ele decida torná-la em realidade
diante dos seus olhos. Que esta fé em Jesus seja sua.